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Castanha Assada |
Eramos
novatos. Com idades compreendidas entre os 6 e os 10/11 anos portanto, eramos
alunos da escola primária (nome designado na altura) da aldeia. A comemoração
do dia de São Martinho traduzia-se num dia de azáfama entre todos os alunos da
escola. Dos mais novos aos mais velhos (…). Era dia de fazer o magusto.
Sob
orientação das professoras, eram os rapazes que se encarregavam de reunir a mais
seca caruma possível dos pinhais que nos levavam perto do lugar da Tapada Nova
pois, todos os anos era ali que se fazia o magusto. Aproveitava-se o dia para
brincar ao ar livre.
Depois de
reunida a caruma suficiente, os adultos (normalmente as auxiliares – Ti Inês e
Ti Ana) pegavam o fogo e adicionavam as castanhas para que assassem. Era tarefa
das raparigas garantir que as castanhas estavam convenientemente assadas.
Depois de assadas e com ajuda de rudimentares paus improvisados no momento, eram retiradas para o lado para serem comidas por todos os presentes.
Depois de assadas e com ajuda de rudimentares paus improvisados no momento, eram retiradas para o lado para serem comidas por todos os presentes.
Havia sempre aqueles
que se faziam mais espertos que outros. Passavam as mãos pelas cinzas da caruma
queimada e enfuscavam a cara dos mais pequenos.
Com o
decorrer dos anos, os magustos nas escolas foram perdendo as suas
características, por razões práticas e de segurança. Mantém-se o convívio,
comem-se castanhas mas aquela fogueira no chão, as castanhas a assar lá dentro
e os miúdos a retirarem-nas com um pauzinho, é algo que pertence ao passado.
Aos amigos e visitantes
deste espaço, votos de um bom dia de São Martinho.
xxcucoxx